O Estado é o maior produtor nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, com 67,5 milhões de toneladas (Conab, 2019), o que corresponde a 28% de toda a produção brasileira. Juntos, a soja, com 32,4 milhões de toneladas, e o milho, com 31,3 milhões de toneladas, respondem por mais de 90% desse total da produção. Estas duas culturas, utilizaram uma área de mais de 15 milhões de hectares na safra 2019/2020.
Mato Grosso lidera ainda a produção de carne bovina, com 1,2 milhão de toneladas (IMEA, 2018) e tem participação relevante na produção de cana-de-açúcar e algodão. Estes dados contribuem para esta unidade da federação, atualmente, ser o maior exportador do agronegócio nacional, tendo atingido a marca de US$ 16,6 bilhões exportados em 2019 (MDIC, 2019), respondendo por 17,3% do total nacional.

Mato Grosso é também um território de ocupação relativamente recente. O desmatamento atingiu altos níveis no início dos anos 2000. A partir de 2004, reduziu consideravelmente a partir de iniciativas públicas e privadas. Hoje, ainda que mais de 60% de seu território esteja ocupado por vegetação nativa, o desafio do controle do desmatamento ilegal permanece.
Espera-se que a produção agrícola, pecuária e madeireira continue a crescer significativamente, no entanto há oportunidades para que a expansão da produção possa ocorrer tanto por ganhos de produtividade como pelo uso de áreas já consolidadas. Existem em Mato Grosso, segundo levantamento da Agroicone, cerca de 14 milhões de áreas de pastagens com aptidão para agricultura, de uma área total de 23,7 milhões de hectares de pastagens com produtividade média de 1,25 cabeça/hectare.
Ao mesmo tempo, existem desafios também para a inclusão socioprodutiva. Mais de 50% do Valor Adicionado Bruto (VAB) no estado está concentrado em apenas 20 de seus 141 municípios, conforme diagnóstico do Plano Estadual da Agricultura Familiar - PEAF MT.