A PCI e o Instituto PCI

A partir de 2019, a Estratégia PCI será implementada em parceria com o Instituto PCI

Expansão e aumento da eficiência da produção agropecuária e florestal.

Conservação da vegetação nativa e recomposição dos passivos.

Inclusão socioeconômica da agricultura familiar e populações tradicionais

Implementações

Programa Carbono Neutro

O programa Carbono Neutro de Mato Grosso, tem como meta voluntária reduzir em 80% as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e zerar as emissões até 2035 (quinze anos antes da meta nacional de 2050). O programa contribui com a campanha global Corrida para o Zero (ou - “Race to Zero”) lançada pelos Campeões do Clima do Reino Unido e do Chile.

O programa já com 12 Ações Prioritárias elencadas realizadas por meio de um processo colaborativo entre o governo do Estado de Mato Grosso, lideradas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA-MT), com técnicos do Climate Group (CG), Winrock International, Força-tarefa do Governadores para Floresta e o Clima (GCF Taskforce) e do Fórum Matogrossense de Mudanças Climáticas (FMMC), além de outras importantes partes interessadas, do setor público e privado. 

Clique aqui para visualizar o Relatório de Desenvolvimento e Avaliação da Trajetória de Descarbonização de Mato Grosso.

A Estratégia PCI e os Povos Indígenas de Mato Grosso

  • Em Mato Grosso existem hoje 43 povos indígenas, falantes de 35 línguas distintas3, além de cerca de 9 povos isolados. Segundo a FUNAI4, estes povos habitam 87 Terras Indígenas (TIs), dentre as quais 72 têm reconhecimento jurídico formal e outras 15 ainda estão em estudo. Estas Terras Indígenas cobrem ao redor de 16% da área do estado, protegendo uma diversidade cultural e biológica, além de grandes estoques de carbono e de outros serviços socioambientais, sendo que estes territórios têm percentual pouco significativo de desmatamento.
  • Quando a Estratégia PCI foi lançada em 2015, reconhecia-se a importância dos territórios indígenas para o alcance das metas de conservação do Estado, assim como reconhecia-se a necessidade da inclusão socioprodutiva dos povos indígenas do Estado. Mas também se reconhecia que não seria possível desenhar metas específicas dentro da Estratégia sem a participação e protagonismo dos próprios povos indígenas no processo.
  • A partir da formação de uma Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (FEPOIMT), esta assume o protagonismo no diálogo com a PCI e outras políticas públicas em Mato Grosso.
  • Em 2017 a FEPOIMT passa a fazer parte no Comitê Estadual da Estratégia PCI – CEEPCI. Ao mesmo tempo, no âmbito do Programa REDD for Early Movers – REM-MT, inicia-se com o apoio técnico e de facilitação do Instituto Centro de Vida (ICV) e da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, que garantiu aporte financeiro e técnico, a realização do processo de construção participativa e consulta do subprograma de Territórios Indígenas do REM.
  • O objetivo geral do Subprograma Territórios Indígenas é garantir estrutura para que os recursos do Programa REM Mato Grosso integrem, articulem e fortaleçam as contribuições dos povos Indígenas para mitigação e adaptação às mudanças do clima com base em seus sistemas de conhecimento tradicional e de gestão autossustentável de recursos naturais, promovendo o fortalecimento das instituições e organizações indígenas em suas diferentes atuações e de acordo com as realidades e a diversidade cultural, socioambiental, territorial e econômica de cada povo, evitando os efeitos adversos nessa implementação.
  • Após uma primeira fase de formação de multiplicadores em 2017, são conduzidas em 2018 oito Oficinas de Informação e Construção do Subprograma Territórios Indígenas do REM Mato Grosso, envolvendo 42 povos indígenas de Mato Grosso e mais de 1.300 participantes, para a construção participativa de Temas Prioritários.
  • Em 2019, Mato Grosso, através de uma parceria técnica entre a Coordenadoria de Mudanças Climáticas e REDD+ (CMCR) da SEMA e o ICV iniciou o projeto Valorizando as Florestas de Mato Grosso, no âmbito do financiamento proporcionado por um acordo entre o Governo da Noruega e o Governor’s Climate and Forest Task Force - GCF, com gestão e implementação do PNUD.
  • O projeto atende diretamente às prioridades definidas pelo estado e faz parte de esforços relacionados à Estratégia PCI e ao Programa REM.
  • Como parte do projeto, foi pela primeira vez realizado um diagnóstico socioprodutivo de Territórios Indígenas no Estado.
  • A partir dos avanços em governança e definição de prioridades conquistados no âmbito do REM, assim como do diagnóstico feito no projeto Valorizando as Florestas de Mato Grosso, o Instituto PCI, em seu Plano de Ação 2021 pretende construir em conjunto com a Fepoimt e parceiros formas de aprimorar a participação indígena na sua governança e estabelecer prioridades conjuntas.

Porque Mato Grosso

  • Potência agrícola mundial e maior exportador agrícola do Brasil;
  • Maior produtor nacional de cereais e líder na produção de carne bovina;
  • Terceiro maior estado da Amazônia Legal com grande
  • patrimônio natural e ecológico;
  • Segundo estado do Brasil a criar a lei estadual do REDD;
  • Expressiva redução de desmatamento após 2004 a partir de iniciativas públicas e privadas.